29 de abril de 2005

ATENDENDO A PEDIDOS: A GRANDE VIAGEM.

Como foi anunciado no último post: fui passar o feriadão em Floripa e aproveitei para dar uma esticadinha até Blumenau. Eu disse que iria pra Guaramirim, mas na última hora resolví mudar de planos por causa da hospedagem. Lá em Blumenau eu já conheço o albergue Grun Gartem. Em Guaramirim não conheço nada. Além do mais fiz uma pesquisa de linguiça (opa!!!) nos supermercados e ambulantes de Floripa, a maioria das fábricas de linguiça ficam na região de Blumenau; em Guaramirim ninguém conhece nada. Preferí não arriscar. Ainda bem. Saí de Floripa no domingo a noite, chegando na serra por volta das 22hs, peguei a maior chuva. Já pensou: chegar numa cidade desconhecida nessas condições?

Bem, vamulá. Saí de Santos na quarta feira a noite. Ao meu lado no ônibus, uma senhora muito chata (ê, magnetismo!!!) carregada de bagagens no chão. Será que esse povo nunca ouviu falar em bagageiro? Cheguei em Floripa por volta das 10 hs da manhã de quinta. Geralmente deveria chegar lá p/ umas 7:30, 8:00; não sei porque atrasou tanto. Chegando no albergue, notei que tinha esquecido a carteirinha. Liguei p/ pai aqui em Santos e ele mandou por fax. OK.

Na quinta fiquei esbordejando lá pelo centro mesmo. Estava um dia chato, um tempinho gay, não deu nem gosto de ir à praia. Fiquei de encontrar-me com a Amanda (Kassa Vampiros) que tinha ido para Balneário Camboriú. Liguei lá p/ a pousada onde a excursão dela estava hospedada e deixei recado. Isso deu uma confusão...
Depois conto.

Depois de uma caminhada básica pela Beira Mar Norte e uma breja no Kuxixo´s (sózinho mesmo), jantei numa barraquinha na cabeceira da Ponte Hercílio Luz (a antiga, a pênsil), bateu o sono e fui dormir. Notei uma movimentação intensa no meu quarto: os caras que estavam lá iriam para um show. Depois que eles voltaram, eu fiquei sabendo: era o show do Placebo. Lá a entrada foi R$ 40,00 (contra R$ 90,00 em Sampa); e o pior: os caras tinham uma amiga que trabalhava no hotel em que a banda estava hospedada e arrumou convites prá eles na faixa!!!!

Sexta resolví encarar aquele trasporte coletivo e pegar uma praia. Após umas confusões, resolví ir p/ Canasvieiras; já ouví falar muito mal dessa praia, mas resolví arriscar assim mesmo. Realmente, uma santa bosta: faixa de areia fina, mar muito calmo pro meu gosto, só velharada e família. Depois de almoçar num restaurante muito bom (com buffet livre e churrasco), resolví ir me embora. No ponto de ônibus, notei que tinha um velho que ia e voltava, ia e voltava. Dalí a pouco o tiozinho me aborda e inicia o seguinte diálogo:

- Usted está esperando onibus para el Cientro?
- Sí.
- Yo estoy ido a el Cientro com mia amante, queires ir conosco?

Obviamente, recusei. Cada uma que me aparece...

A noite recebí um recado (supostamente) da Amanda. Na verdade foi mais de um. O recepcionista disse que "ela" já tinha ligado umas 2 ou 3 vezes, " desesperada atrás de mim". Depois de várias tentativas fracassadas, finalmente conseguí falar com "ela". Estranhei, pq. a voz estava diferente e o papinho muito esquisito...
Tipo "o que vc. quer comigo?", "pq. me procura tão deseperadamente?", ' eu vou prá aí amanhã, eu te ligo".

Não recebí mais ligação nenhuma e resolví deixar quieto. A noite, quando eu estava naquele estado " dorme não dorme", me entra no quarto um casal de gringos, que ficaram pulando de cama em cama, cochichando e rindo baixinho em inglês...

Nem sei se chegaram as vias de fato, ficaram uns 10, 15 minutos. Prá quem não sabe: nos Albergues da Juventude, os alojamentos masculino e feminino ficam separados, e não é de bom tom se misturarem (em faxerem outras coisas lá dentro, a não ser que se hospedem num quarto de família, que é mais caro). Francamente

No sábado fui para a praia de Jurerê, tb. muito badalada. Outra decepção: pareceu-me uma versão melhorada de Canasvieiras. Só a parte de Jurerê Interncional, onde ficam as " casas dos bacana", os barzinhos e lugares mais bombados que achei legal. Cada casarão do tipo "se eu trabalhar e jutar grana pro resto da vida, talvez consiga comprar o equivalente a uns 2 ou 3 tijolos dessa casa"!!!!!

Depois de voltar e morgar mais um pouco pelo Centro, já me preparava para dormir quando recebí um telefonema da Amanda, dessa vez a verdadeira. Seguinte: o recado que deixei na quinta, junto com os telefones do albergue, foi paarar na cozinha. Perguntaram por ela para a excursão toda e ninguém achou. Então as senhoras que cozinhavam para a excursão começaram à me ligar de sacanagem - rs. Isso na quinta e na sexta. No sábado, a verdadeira Amanda descobriu, conseguiu o telefone (as tias da cozinha queriam vender!!!) e me ligou. Explicou o causo todo e disse que foi muito zoada!!!! Tipo " como tu é lerda, perdeu o namorado pras cozinheiras!!!" - rs.

Resultado: no sábado, quase 11 da noite, lá fui eu prá rodoviára pegar um ônibus pra ?Camboriú!!! Felizmente deu tudo certo, conseguí chegar na pousada onde ela estava, fomos pro calçadão da praia, ficamos batendo papo até amanhecer. Ela tirou fotos do sol nascendo, e apareceram uns golfinhos que ela tb. tentou fotografar. Depois fomos prá pousada dela tomar café e fui apresentado ao pessoal da excursão, inclusive as tias da cozinha - rs.!!!
Depois de um perrenguezinho básico prá descolar um táxi, voltei a rodoviária, achei um ônibus em cima da hora prá floripa e voltei pro albergue. almocei no Beira Mar shopping, fui no supermercado Imperatriz de lá comprar umas bestagens, voltei pro albergue e fiquei fazendo hora prá ir embora.

A noite, embarquei prá Blumenau.

Continuando. Onde estava eu? Nas linguiças; ou melhor, indo prá Blumenau.
Segunda, depois de passear pelo Centro, fui procurar uma fábrica de linguiça, a única que conseguí o endereço. Depois de muito andar em círculos, encontrei. Tanto trabalho prá nada...
é que eles não tem selo de Inspeção Federal, sé Estadual. Daí complica prá vender para outros estados. Bom, prá não perder a viagem, fui no Proeb, onde é realizada a Oktoberfest e tb. tem uma Vila Germanica vendendo suvenirs e pratos típicos alemães o ano inteiro. Na terça, fui andar novamente no centro, dei uma pasadinha no Biergartem, para tomar um chopinho artesanal, deu uma passada no Museu da Cerveja em frente e ví muitas capivaras no rio Itajaí-Açú. Pena eu não ter máquina fotográfica...

Quem não tem câmera, chupa foto dos amigos. Chupei uma fotos da amanda (só as fotos, hein) lá em Camburiú (viu, Amanda, não chupei nada das cozinheiras, tampouco do argentino, muito menos a linguiça blumenau - rs); como ainda não sei colocar figuras nees Blogger, coloquei no Bigflogger. Quem quiser ver, dá uma passadinha lá.

Fora o encontro com a Amanda, não achei essa viagem tão legal quanto a do reveillon. Não conhecí ninguém, as pessoas que se hospedarm lá no albergue me pareceram muito chatas (principalemnte um carioca gordo, barulhento e muito porco) e antipáticas. No fim das contas valeu a pena.

E na viagem de volta?!!! Ao meu lado viajou outra velha chata (esse meu charme irresistível prá atrair velho problemático...), crente ainda por cima. A vovó não parava quieta!!!! e como bocejava alto!!! E o tempo todo falando em Deus e em Jesus. Perdí as contas de quantas vezes ela esbarrou em mim e quantos chutes ela deu na minha panturrilha. Na altura de Barra do Turvo, já no estado de SP, pegamos um congestionamento de quase 2 horas (e mais de 20km) devido à um acidente com uma carreta na Régis Bittencourt. Meu, como a velha encheu o saco nesse meio tempo!!!!! e Jesus prá cá, Deus prá la, e porque esse ônibus não anda, e porque esse transito não anda, e minha filha tá esperando na Rodoviária, e ela tem que trabalhar...

Depois de finalmente liberado o transito, finalmente a velha sossegou. Deu até pra dormir. Até a parada no posto Graal de Registro. Depois disso, ela descobriu outro crente no banco da frente; e dá-lhe Salmo 23, Apocalipse e só Cristo salva; de Registro até Santos.

Francamente...
Eu joguei ácido na cruz, derretí o Cristo...

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