NÃO FIQUE DOENTE!!! ISSO É BRASIL.
Que a saúde no nosso paÃs nunca foi uma maravilha, já é sabido. No entanto, de uns dois anos para cá, a coisa está ficando acintosa.
As picuinhas entre o César Maia e o governo federal colaboraram para piorar um pouquinho as coisas. O povo carioca que o diga!!! A coisa chegou ao ponto de se montar hospitais militares em parques públicos. Já virou caso de guerra. Barracas camufladas abarrotadas de enfermos, como no Haiti ou no Iraque. Isso no segundo estado mais rico da federação. Seria cômico se não fosse trágico...
Aqui em Santos, as coisas não são diferentes. Para ser atendido num posto de saúde do governo do estado, vc. preciso antes passar por um médico do municÃpio. Ao tentar marcar uma consulta numa policlÃnica municipal, não se espera menos de um mês...
Eu faço acompahamento com nutricionista, Preciso fazer exames periódocos de sangue; para isso, preciso do crivo de um clÃnico geral. Aà que a porca torce o rabo. Só tem consulta para maio, Até chegar na consulta, até coletar o sanue e até sair o resultado, são no mÃnimo 3 meses!!!
Data vEnia, hare krishna, como anda bem nossa saúde!!!!
E se eu tiver algo de grave até lá?!!!
É por essas e outras que o brasileiro tem que ser antes de tudo, um forte!!!
Ficar doente nesse paÃs, decididamente não é um bom negócio. Ou até é, dependendo do ponto de vista e do lado do balcão em que se está.
Até me lebrei desse poema que escrevà a uns 3 anos atrás:
PLANTÃO DA MADRUGADA
Douglas Stange
Três e meia da matina
Douglas Stange
Três e meia da matina
E eu estendido no asfalto
Triste, mas virou rotina
Apenas mais um assalto
Veja só meu triste drama
Ladrão nada mais respeita
Levaram toda a minha grana
E arrebentaram minha perna direita
Por socorro gritei desesperado
Mas nesse horário não dá na vista
Por sorte fui amparado
Por um bondoso taxista
Eu queria ir à D.P. dar queixa
Mas o taxista, aquele palerma
Disse "A D.P. pra depois deixa
primeiro vai ver essa perna."
Me levou ao Pronto Socorro
Fiquei na fila uma hora
Gritei: "Mais 10 minutos e eu morro."
Clamei por Nossa Senhora
E lá no ambulatório
A coisa ficou embaçada
Foi o maior falatório
"Eh, situação complicada."
A enfermeira gritou desesperada
"Doutor! Está tudo um farrapo,
No almoxarifado não tem nada,
Nem gaze, nem faixa, nem esparadrapo."
Pobre Doutor, expressão preocupada
Sabiamente à moça aconselha
"Desinfeta com água oxigenada
E vê se não me pentelha."
O ambulatório, um frangalho
Doutor disse: "Não desanime,
Vá tampando esse aà esse talho
Com um chumaço de Papel Sublime."
Já raiava o dia
E o Doutor veio informar
"Já fiz tudo o que podia;
Mas vou ter que amputar."
Fiquei aleijado e ranheta
Mas evito o desalento
Equilibrando-me na muleta
Não alimento sofrimento
E para me aliviar
De toda essa desilusão
De tudo irei me lembrar
Na próxima eleição.
0 Comments:
Post a Comment