2 de março de 2007

Praia Branca, Serra do Guaraú, Guarujá - SP. Só p/ ilustrar.



A tempos que não falo de mim. Pelo menos não profundamente. Pensei em escrever algo assim, "uma apresentação para quem não me conhece". Pensando bem, quem me conhece?!!! Pensando bem, acho que nem mesmo EU ME CONHEÇO. Bom, assim como Planos de Negócios e relatórios gerenciais; nossa descrição tem que ser refeita constantemente. Vamos enumerar algumas características e fatos, que ajudam a me conhecer um pouco melhor. Pelo menos até a próxima reavaliação.


- Não sou de muita conversa. Não gosto muito de jogar conversa fora. Gostaria de ser diferente; porém, sabe quando vc. quer fazer algo e simplesmente não consegue? Trava tudo? Minha boca vive travada. Sabe quando a gente simplesmente não consegue achar as palavras certas? As vezes as pessoas devem me achar metido. Outras, devem achar que tenho algum problema mental sério. Talvéz tanto uma afirmação quanto outra sejam verdadeiras. Desde criança já passei por vários psicólogos e até alguns psiquiatras; porém até agora, não consegui adentrar os caminhos por eles apontados. Talvez por comodismo. Talvéz até por incapacidade mesmo.


- Sou um verdadeiro fracasso com o sexo oposto. Tudo o que foi escrito acima ajuda a explicar. Apesar de já ter passado dos 30, só tive duas namoradas até hoje. O primeiro relacionamento, nem sei se pode ser considerado "namoro", pois durou apenas algumas semanas. Já o segundo durou um pouco mais. Em ambos os casos; resolví não levar adiante, pois as pessoas não tem culpa das minhas confusões mentais. Em ambos os casos, entendí que deveria transfrmar-me radicalmente em outra pessoa do dia para a noite, e isso seria muita desonestidade, comigo mesmo e com as minhas parceiras. Não sei se um dia vou conseguir lidar com isso.



- Outro ponto onde não conseguí muito sucesso, foi no lado profissional. Tive poucos empregos; na verdade "emprego" mesmo, de carteira assinada e tal, só tive um. Os demais foram atividades autônomas ou como estagiário. Na maioria das vezes, fui mandado embora, pois as pessoas não toleram incompetência. Não que eu me julgue incompetente. Me julgo até bastante capaz. O problema é provar na prática!!! Em todas as atividades profissionais nas quais estive envolvido, sentí enorme dificuldade de aprendizado. Junto com as dificuldades de comunicação, já viu, né? A cada demissão, sentia-me injustiçado; tipo assim, "Não me deixam falar, não me deixam me defender, não me deixam justificar meus erros. Simplesmente querem-me no olho da rua e fim de papo". Sei que não é bem assim, e na maioria das vezes até acho melhor que não tenha durado. Meu grande sonho é ser empresário, patrão. As vezes, sonho isso para colocar em prática a utopia da "empresa dos sonhos", do "vou fazer na minha empresa o que as empresas onde trabalhei - ou tentei trabalhar - não fizeram", "vou ser mais justo e tolerante com meus empregados", "todos vão ter direito a novas chances, e só serão demitidos por justa causa", "todos terão oportunidade de progredir", "no processo seletivo será escolhido quem realmente tiver afinidade com a área, e não os palhaços e showmen que se destacam nas dinâmicas de grupo da vida", "minha empresa será democrática, todos poderão falar, opinar, dar sugestões, apresentar projetos", e por aí vai. Analisando melhor, são sonhos praticamente impossíveis. Porém não inviáveis de se chegar perto.




-Adoro viajar, conhecer novos lugares, revisitar outros. Quando era mais novo, viajava muito com a família, faziamos longas viagens de carro. Um pouco mais tarde, passamos a viajar de ônibus; como meus pais já haviam se separado, minha mãe não ia. Lembro de uma viagem legal que fizemos ao Rio de Janeiro, quando eu tinha uns 11, 12 anos. Conhecí o Pão de Açúcar, a Ilha de Paquetá e a praia de Ipanema; infelizmente não tivemos tempo de conhecer o Corcovado. Outra vaigem que marcou foi uma à Porto Alegre, quando eu já tinha de 17 p/ 18 anos. A primeira vez que andei de avião na vida!!! Na viagem de ida, foi um cagaço só, o organismo estranhuo pacas. Na volta foi mais tranquilo, apesar de pegar um pouco de turbulência - que aasustou-me um boacado - na altura de Santa Catarina. Desde o final de 2004 tenho tido a oportunidade de viajar; por incrivel que pareça, até então, nunca tinha viajado sozinho/com amigos, apenas com a família. Meu destino quase sempre tem sido Santa Catarina, um estado que adoro e tenho vontade de ir morar um dia. Na virada de 2004 p/ 2005, fui até Blumenau e Floripa, sempre hospedando-me em Albergues da Juventude. Essa viagem de 2004 foi excelente; conhecí uma galera legal no albergue de Floripa, fomos pra balada, praia e passamos a virada do ano na Praia Mole. Infelizmente, acabei perdendo o contato com esse povo. Entusiasmado com esta experiência, voltei algumas vezes, porém não tive a mesma sorte. Nas outras vezes em que fui, o povo não se misturava muito, ficavam divididos em panelinhas...

Na última virada de ano, resilví variar um pouco; fui até o Paraná, passando por Curitiba, Foz do Iguaçú e Paranaguá, com uma passada rápida pela Ilha do Mel. Gostei muito de Curitiba, Foz e da Ilha. Porém, de Paranaguá(onde fiquei hospedado) e Pontal do Paraná (onde dei uma passada rápida antes de ir para a Ilha do Mel), não gostei muito não. Achei meio feio, baixo astral. Próximo destino? Não sei ainda. Tenho vontade de conhecer o Nordeste, e de ir pro exterior. Como ainda não disponho de recursos, então não penso muito no assunto. Ah, já ia esquecendo. Ano passado estive no Oktoberfest, com a Eliana, minha namorada na época. Também foi bem bacana!!! Esse ano pretendo ir novamente.



- Adoro estudar, aprender coisas novas. Considero-me um privilegiado; tive a oportunidade de fazer um curso superior e numa área que gosto. Poucos nesse nosso país tem condições de cursar uma faculdade. Pouquíssimos, de fazer um curso de que realmente gostam. Eu tive acesso. Fiz o que quis, e se não rendeu bons frutos profissionalmente, pelo menos foi uma experiência legal. Interesso-me por muitas outras áreas. Ultimamente tenho aprendido sobre design e webdesign. Ainda apanho um pouco dos softweares, é verdade. Não sei se poderia me arricar a trabalhar na área...

Aos poucos a gente chega lá. Até bolei um cartaz de divulgação, quem sabe alguém não se interessa e resolve pagar pra ver?

- Família. Uma área complicada. Meu pai ainda é vivo, vai muito bem obrigado; apesar de ter enfrentado sérios problemas de saúde recentemente, aos 65 anos aparenta estar muito melhor do que muitpo neguinho de 50. Minha mãe faleceu a pouco mais de 3 anos; apesar da dor que atingiu a todos nós e da imensa falta que ela nos faz; é consenso na família de que neste momento, ela encontra-se em situação inifinitamente melhor que todos nós. Aliás, consenso na minha família é raro...

Tenho duas irmãs, uma mais velha o outra mais nova. Sou o filho do meio, o "recheio do sanduíche", como se diz popularmente.

Atualmente, moro com meu pai, tenho sérios problemas de convivência, não suprto certos manias e hábitos por ele cultivados (assim como ele não tolera alguns dos meus hábitos e manias), não consigo lidar com os excessos de cuidado que ele tem comigo, nunca tivemos uma convivência lá muito amigável, e esses tipos de questão não se resolvem do dia para a noite. Meus pais separaram-se quando eu tinha de 10 para 11 anos. Desde então, meu pai e eu estivemos um pouco distante, tanto fisicamente quanto emocionalmente. Agora, dá a impressão de que ele quer "recuperar o tempo perdido". Porém, sinto que não dá mais: tenho outra cabeça, outros planos, outros anseios. As vezes aparenta que ele não percebí que cresicí, que não tenho mais 11 anos. Outras vezes, aparenta que acha que já sou bem grandinho. Tudo depende das conveniências dele: quando lhe convém tratar-me como criança, trata-me como criança, quando lhe convém tratar-me como homem (principalmente no que diz respeito à cobranças), trata-me como homem. Bom, não cabe entrar em datelhes agora. Meu pai é uma excelente pessoa; porém, muito difícil de se conviver. Não entende certas coisas, ou entende errado e fica teimando que o jeito que lee entendeu é que está certo. Sou muito criticado pela maneira como lido com ele; porém, poso dizer que estou com a consiência tranquila quanto a isso. Minha mãe não suportou conviver com ele mais do que 16 anos. Minha irmã mais velha morou com ele por mais ou menos um ano e meio e também não suportou. Eu, estou com ele a pouco mais de 2 anos e também não estou suportando. Será que está todo mundo errado, só ele que está certo? Taí uma excelente pergunta.
Passei a me dar muito melhor com minhas duas irmãs depois que não fui obrigado a conviver com elas no mesmo teto. Com meu pai, creio que também será a mesma coisa. Atualmente meu relacionamento com minhas irmãs é excelente.
Quando vivíamos juntos, nem tanto. Brigávamos muito; como eu era minoria, levava a pior quase sempre. Vergonhosamente; até hoje, em determinados momentos, pego-me tendo lampejos de rancor contra o que elas me aprontaram no passado. Eram muito rigorosas e autoritárias comigo. Explico: como já disse; meus pais separaram-se quando eramos muito novos, minha mãe trabalhava fora e ficávamos sózinhos. Daí, era uma festa, cada um achando que podia fazer o que quisesse. E o que minhas irmãs queriam era impor respeito. Embora quase sempre tivessem razão, eram muito autoritárias e rigorosas, como já foi dito. Seus lemas eram "manda quem pode, obedece quem tem juízo" e "quando um burro fala, o outro abaixa a orelha". Sendo que sempre o "o burro que fala" eram elas e o que "abaixa a orelha" era eu, ou seja, no fim das constas o único burro da história era eu. Naturalmente, eu me revoltava com isso as vezes. Nem preciso dizer as merdas que davam. quase sempre as questões eram resovidas na base da violência. Eu apanhava da mias velha e não podia bater na mais nova. Quer dizer, poder não podia, mas as vezes era inevitável. E quando eu batia na mais nova lá vinham os adultos (os pais, a avó e os tios, que intrometiam-se mesmo sem serem chamados) com aquela conversa de "quem bate em lulher é covarde", " em mulher não se bate nem com uma flor", "olha o seu tamanho e olha o dela". O que ninguém sabia nem procurava saber eram os motivos das agressões. Bom, isso tudo ficou no passado, minhas irmãs já passaram por poucas e boas e creio eu que atualmente elas tem consciência das merdas que faziam. Eu também não era mole, era muito preguiçoso e custava a aprender as coisas; sobretudo, serviços domésticos. O tratamento que recebí em casa, na maioria das vezes era brutal e injusto, porém eu também dava brecha. Digamos então, que estávamos todos errados. Porém, uns menos errados do que outros. Sabe aquela expressão "muito cacique prá pouco índio". Em casa era assim. Como diz outro dito popular: "aguas passadas não movem moinhos". O importante é que atualmente nos damos bem. Quando nossa mãe nos deixou, tudo foi resolvido pacificamente. Quando vejo casos de irmãos que brigam por bens de família como cães famintos disputam um pedaço de carne, dou graças a Deus pelas irmãs que tenho. Não que nossa mãe tenha nos deixado alguma fortuna, era bem pouco na verdade. Porém a forma como as coisas foram levadas deixou-me bastante surpreso e satisfeito.

Também, tenho um sobrinho, o Thomas, 7 anos, filho único da minha irmã mais nova. Bom, esse aí merecería um capítulo a parte. É um menino esperto, inteligente, carismático e muito engraçado!!!!


Bom, teria ainda mais a dizer. Porém, quem tiver paciência de ler, já vai ter uma vaga idéia de quem sou. Pelo menos até a próxima revisão.

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