29 de outubro de 2004

NÃO PODIA DEIXAR DE COMENTAR...

O infeliz incidente com o jogador Serginho do Saõ Caetano na última quarta.

Há muita especulação sobre o fato dele saber ou não de seus problemas cardíacos, se os dirigentes sabiam ou não, se ele teria ou não assinado um Termo de Responsabilidade para jogar.

Falou-se e fala-se muito de cuidados nos estádios para casos desse tipo, do tal desfribilador, da ambulância , etc.

O fato é que nada disso trará o Serginho de volta.
É complicado vc. chegar para um atleta que ama o que faz e (que em nosso país, mais específicamente no caso dos futebolistas) só sabe fazer isso, e dizer "olha, vc. tem um problema cardíaco sério e terá que parar de jogar imediatamente."

Imagine a frustração do rapaz. Imagine a dificuldade que ele vai encontrar fora dos gramados por não ter aprendido outra profissão. Alguns clubes como o próprio Saõ Caetano - até tem estrutura para bancar um tipo de seguro para casos como esse. Porém, na maioria dos clubes do Brasil, o jogador seria simplesmente dispensado e jogado na rua da amargura. e o que é pior, algum dirigente irresponsável de outro clube acabaria concordando em contratá-lo, isentando-se de todos os riscos e repassando-os para o atleta.

É para se pensar.

O caso abriu uma discussão sobre leis que obriguem a existência de um desfirilador em locais públicos. Na minha opinião, é pouco!!! Além dessa e de outras medidas, deveria ser incluída no currículo de todas as escolas (públicas e privadas) a disciplina "Primeiros Socorros" desde o início do ensino fundamental.

Recordemos outro episódio também ocorrido no meio futebolístico a alguns anos atrás.

Em 1996, um raio caiu num dos campos do Centro de Treinamento do São Paulo Futebol Clube; justamente onde o time do São Paulo treinava e justamente no meio do treino. O então preparador físico da equipe, Altair Ramos acabou sendo atingido, caindo desmaiado. Alguns jogadores foram buscar socorro, outros oravam. Enquanto isso, um lateral chileno chamado Mendoza, então jogador do São Paulo prestou os primeiros socorros ao preparador físico; o que segundo os médicos que o atenderam em seguida, foi primordial para a recuperação. Felizmente, altair recuperou-se rapidamente e não apresentou nemhuma sequela, além de algumas cicatrizes. Indagado sobre onde teria aprendido os procedimentos, Mendoza explicou que em seu país, o Chile, são ministradas aulas de Primeiros Socorros como MATÉRIA OBRIGATÓRIA em todas as escolas desde os primeiros anos.

Não é preciso dizer mais nada.

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