5 de janeiro de 2006

CONTOS DE UM COMEÇO DE VERÃO

26/12/05
Embarquei na rodoviária, dessa vez em ônibus executivo, um pouco mais caro, mas bem mais confortável. Aquela burocracia: paradas na Praia Grande, Itanhahém, aquela Padre Manoel da Nóbrega cada vez mais perigosa; a Régis Bittencourt malconservada e feia (e tb. perigosa), a loja Graal de Registro lotada, aquele trechozinho f.d.p. no Vale do Ribeira, até a parada no Costa Brava de Curitiba. Depois de abastecer-me e dormir praticamente todo o trecho entre Joinville e Itajaí. Desembarquei em Balneário Camboriú, para fazar a baldeação até Porto Belo.
27/12
A viagem entre B.C. e Porto Belo é meio maçante. O ônibus da Viação Praiana sai da rodoviária, pega a marginal da BR 101 e vai parando pra embarque e desembarque em pontos na beira da estrada. Numa destas paradas, subiu um moleque de uns 12, 13 anos, sujo, fedorento e que alegava não poder pagar a passagem. Um dos passazgeiros até se prontificou e foi impedido pelo cobrador (sim, tem cobrador, só não tem catraca) com o argumento de "que se fosse alguém não incomodasse, ele mesmo pagava". O moleque foi arrastado prá fora do ônibus, e deram uma porradas nele no lado de fora. Bom, passado este incidente, continuou a viagem. O raio do ônibus entra na cidade de Itapema (logo apóis B.C.), passa por um bom trecho urbano, depois volta à BR, para na rodoviária de Itapema, depois entra novamente na cidade, e finalmente entra em Porto Belo (pegando e largando passageiros pelo caminho).
Depois do desembarque, ainda tive que andar oito quarteirões pra dentro para chegar ao Albergue da Juventude. Fica numa área um pouco afastada, com cara de zona rural, onde não chegou nem asfalto ainda. Mas é bastante seguro.
O Albergue é bastante aconchegante, com atendimento familiar e o café da manhã é bem sortido e reforçado. Excelente, por que nessa viagem eu andei, ah como andei!!! Logo na chegade, me deram um mapa de bolso, e foi possível começar a exploração.
Não ví nada demais nas praias de porto belo: uma faixa de areia fina, mar calmo e quase sem ondas. Inventei de subir um morro para atingir a tal Praia do Araçá. É subida, viu, mas é subida mesmo!!! Tanto que arranjei uma carona com um caminhão que estava subindo para entregar frango num mercado lá em cima. Confesso que fiquei decepcionado com as tais praias do morrro: Estaleiro, Caixa D´Aço e Araçá. Prainas sem graça...
O que mais tem é pedra. O que compensa é a vista!!! Pena eu não ter uma máquina!!! Teria tirado cada foto...
É justamente na altura desse morro que atracam os transatlânticos, e foi justamente nesse dia que atracou um dos "Islands", que se não me engano, havia saído daqui de Santos alguns dias antes. Depois da descida, deu um cansaço, naturalmente. Depois de almoçar num kilão perto do albergue fui dormir. A tardinha esplorar um pouco a cidade.
Porto Belo é uma cidade pequena; onde a vida social ocorre principalmente na Av. Gov. Celso Ramos, paralela à praia. Muitos restaurantes, lojas de artesanato, centro de informações turísticas e etc. E não passa muito disso. Mais ou menos na diração do Albergue e perto da rodoviária tem uma praça, com um presépio muito fofo; padaria e lanhouse. Sem ter muito o que fazer, fui navegar um pouco na net. Depois voltei pro albergue e fui dormir.
28/12
Resolví fazer a travessia para a Ilha de Porto Belo, em frente a praia central. A travessia é feita em pequenas embarcações a motor e dura menos de 15 minutos. A ilha é paradisíaca; com uma trilha ecológica, aluguel de equipamentos para mergulho, trilhas subaquaticas, restaurante, loja de artezanato e o Eco Museu da Univali. Fiz a trilha pelo mato, subida, mais subida. No final tem um mirante maravilhoso, que compensa!!! De lá avistam-se as tais prais que eu tinha ido no dia anterior e o canal onde o transatlântico estava ancorado. No trajeto, deparie-me com um ou dois lagartos, passei pelo bicho duas vezes, não sei se era o mesmo.
Depois, banho de mar e de sol; observação às belas turistas que participavam de um concurso de lambaéróbica a beira mar; visita ao museu (nada demais, só fósseis e esqueletos de animais marinhos) e por fim, resolví ir embora, pois o sol e o cansaço já estavam me incomodando. Volta ao albergue, sonéca e exploração noturna. Não há muito o que fazer, aaté tem uns barezinhos e uma famosa casa noturna chamada Bali Hai, onde me deu vontade de ir, mas desânimo de ir sózinho. Resolví dormir e passar o dia seguinte em Bombinhas.
continua



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