7 de janeiro de 2006

CONTOS DE UM INÍCIO DE VERÃO - 2
29/12
Comecei o dia pensando em dar uma esticada até Baln. Camboriú para encontrar-me com uma colega que mora lá. Liguei umas 3 vezes, não conseguí encontrá-la, então resolví ir até Bombinhas; que fica praticmante ao lado de Porto Belo. Lá fui eu prá rodoviária pegar aquele tal de Praiana. De Porto Belo até Bombinhas é só subir um morro, descê-lo e já chegou, mais especificamente na praia de Bombas. Gostei muito da praia, muitas famílias, bom ambiente, segurança. Parece até Santos (uns 25 anos atrás, lógico). Cansado de ficar esticdo ao sol, resolví dar uma caminhada até o fim da praia. Depois de ter tomado um pequeno banho involuntário por força das ondas (rs), descobrí uma trilha (eu e as trilhas) que dá em uma outra praia, meio deserta. O interessante é que pode-se largar as coisas na areia pra dar um mergulho, que ninguém mexe, nem mesmo chega perto!!!. Depois, a trilha de volta e resolví dar uma volta pea cidade, ou melhor, pela avenida principal parelela à praia (cujo nome esquecí). Esta avenida nada mais é do que a continuação da estrada que vem de Porto Belo, que por sua vez, é continuação da Av. Gov. Celso Ramos, em P.B.
Lá o destaque é a Casa do Pastel, na tal av. principal. Pastéis de camarão à 3 cada. 2 pastéis já são o suficiente. Um só é pouco. Depois de outras voltas pela avenida e pela praia, resolví voltar.
Já no albergue, liguei umas 3 vezes para a tal colega de Camboriú, sem encontrá-la. Resolví aventurarme à ir até lá; caso não a encontrasse, daria uma volta pela cidade para não perder a viagem. E foi exatamente o que aconteceu. Assim que descí na rodoviária de B.C. por volta das 18hs, liguei novamente, deixei recado e nada. Fui passear nas avenidas Brasil (paralela à praia) e Atlântica (a da praia). No último quiosque, resolví tomar uma caipirinha, que ninguém é de ferro. Jantei num rodízio de pizza e fui embora. Chegeui no Albergue quase meia noite.
30/12
Acordei cedo, tomei um alentado café, arrumei minhas coisas, fechei a conta e fui pra rodoviária embarcar prá Floripa. Nessa linha quem opera é a Viação Rainha. O mesmo esquema: pinga-pinga, paradas ao longo do caminho para embarque e desembarque. Dessa vez, conhecí no caminho o lado rural de Porto Belo, com plantações de arroz e banana, gado bovino e tal. Caindo na BR 101, com paradas constantes, parada na rodoviária de Tijucas, mais estrada com pinga-pinga e finalmente, entrada em Floripa. Cheguei no albergue por volta de 11:15 da manhã.
Nesse dia resolví dar um tempo com praia e depois de descansar um pouco, fui dar uma volta no Centro, alí perto. Impressionante e decepcionante que as imediações do Mercado Público estejam ficando com cara de Vale do Anhangabaú. Aliás, Floripa está ficando cada vez mais com cara de São Paulo. Pelo menos tem tudo prum paulistano sentir-se em casa: arranha-céus, congestionamentos, poluíção, violência, ter de andar duas horas para chegar na praia e outros bichos. Até mesmo o Mercado Público, que era um lugar tão aprazível, está ficando degradante, com um povinho tão, tão... desagradável, para dizer o mínimo!!!
Aliás, aproveito aqui para abrir um parênteses: houve uma época em que eu queria porque queria ir morar em Florianópolis. Depois dessa última visita, perdí o tesão de ir prá lá até mesmo como turista. Virou uma metrópolezinha a beira-mar, um reduto pequeno-burguês onde tapa-se com a penira o miserê em volta. Os arredores do Albergue da Juventude do Centro estão empesteados de edifícios pseudo-chiques, com aquela arquiterua pseudo-moderna que mais parece arquitetura de mictório de botéco. E cada vez que eu vou lá encontro um prédio novo, em construção ou mesmo já erguido. O que já foi um paraíso praiano e alternativo está tomando ares de classe média baixa decadente e iludida. Isso me enjoa.
continua

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